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Gira a roda da carruagem da vida
Na sua tranquila eternidade
Lançando a lama e as pedras
Vivas à fertilidade
E morre o que não pode viver
E vive o que é belo
E fica o que é vivo
O que será vida
Sempre mais bela
Sempre mais viva
Infeliz do que se angustia,
ou de quem, no final das contas,
não ama a vida?
Ainda tão bela
Ainda tão viva?
Amo a inquietação,
para que sejam os respingos da lama da carroça da vida
antes do nascer do sol
Assim amo a lama
Assim amo a chuva
(Assim falou Zaratustra)