quarta-feira, setembro 19, 2007

IV - O eterno retorno nietzscheano

...

Gira a roda da carruagem da vida
Na sua tranquila eternidade
Lançando a lama e as pedras
Vivas à fertilidade

E morre o que não pode viver
E vive o que é belo
E fica o que é vivo
O que será vida
Sempre mais bela
Sempre mais viva

Infeliz do que se angustia,
ou de quem, no final das contas,
não ama a vida?
Ainda tão bela
Ainda tão viva?

Amo a inquietação,
para que sejam os respingos da lama da carroça da vida
antes do nascer do sol

Assim amo a lama
Assim amo a chuva

(Assim falou Zaratustra)