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O eterno é rico e suntuoso
às vezes um tanto espalhafatoso
às vezes oculto no indizível,
no vão dos gestos e dos dias
É magnífico porque desaparece e reaparece
É aquilo que sempre volta,
sempre sob nova forma,
e, para mim, não se deforma
Na roda, toda permanência se torna instante
e toda noite se torna clara
Assim se consagra a beleza
embeleza-se tudo o que não é
Eterno