sexta-feira, agosto 24, 2007

Os Três Porquinhos

A história dos três porquinhos, varia de geração, cultura, classe social, etc.
Há um novo filme sobre os três porquinhos passando no Telecine com uma história totalmente diferente.
Bom aqui vai uma outra versão da história...

Talvez não seja no mesmo propósito do Sarau... mas e por quê não?


Então:


Os Três Porquinhos - Narrado por um Pai Engenheiro

O filho quer dormir e pede ao pai (ENGENHEIRO) para contar uma história e ele conta a dos três Porquinhos.

Meu Filho, era uma vez três porquinhos ( P1, P2 e P3) e um Lobo Mau, por definição, LM, que os vivia atormentando.

P1 era sabido e fazia Engenharia Elétrica e já era formado em Engenharia Civil.

P2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos.

P3 fazia Comunicação e Expressão Visual na ECA.

LM, na Escala Oficial da ABNT, para medição da Maldade (EOMM) era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde "n" é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica, localizado próximo a Av. Paralela.

Mas nesse promissor perímetro P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos.

Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno que mais parecia um castelo lego tresloucado.

Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana de palha com teto solar, e achava aquilo "o máximo".

Um dia, LM foi ate a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3:
- "Uahahhahaha, corra, P3, porque vou gritar, e vou gritar e chamar o Conselho de Engenharia Civil para denunciar sua casa de palha projetada por um formando em Comunicação e Expressão Visual! "

Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do Conselho já haviam posto tudo abaixo. Então P3 correu para a casa de P2.

Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando:
- "Abra essa porta, P2, ou vou gritar, gritar e gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de áreas não-reflorestadas e areia de praia para misturar no cimento."

Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta a baixo por uma multidão ensandecida de ecos-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pixando e entoando palavras de ordem.

Ao que segue P3 e P2 correm para a casa de P1. Quando chegaram na casa de P1, este os recebe, e os dois caem ofegantes na sala de entrada.

P1: O que houve?

P2: LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos.

P3: Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Comunicação e Expressão Visual!

Tum-tum-tum-tum-tuuummm!!!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta, meu filho! o som correto não é esse.)

LM: P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do Conselho de Engenharia em cima de você!!!, e se for preciso até aquele tal de Confea

Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquiteto e do...do... comunicador e expressivo visual) LM chamou os fiscais, e estes fizeram testes de robustez do projeto, inspeções sanitárias, projeções geomorfológicas, exames de agentes físico-estressores, cálculos com muitas
integrais, matrizes, e geometria analítica avançada, e nada acharam de errado. Então LM gritou e gritou pela segunda vez, e veio o Greenpeace, mas todo o projeto e implementação da casa de P1 era ecologicamente correta.

Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super-comum nos contos de fada): ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu ate a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadir.

Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e ativou uma catapulta que impulsionou com uma força de 33.300 N (Newtons) LM para cima.

Este subiu aos céus, numa trajetória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade chegou a zero, a 200 metros do chão.

Agora, meu filho, antes que você pegue num repousar gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8 m/s² e que um lobo adulto médio pese 60 kg, calcule:

a) o deslocamento no eixo "x", tomando como referencial a chaminé.

b) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão e

c) o susto que o Lobo Mau tomou, num gráfico lógico que varia do 0
(repouso) ao 9 (ataque histérico).

segunda-feira, agosto 20, 2007

Pensar por si mesmo

Texto tirado do escrito "Pensar por si mesmo", de Shopenhauer.
Li e achei um ponto de vista interessante.

Faz pensar, provoca... e isso é bom...

(...) O efeito que o pensamento próprio tem sobre o espírito é incrivelmente diferente do efeito que caracteriza a leitura, e com isso há um aumento progressivo da diversidade original dos cérebros, graças a qual as pessoas são impelidas para uma coisa ou para outra.
A leitura impõe ao espírito pensamentos que, em relação ao direcionamento e à disposição dele naquele momento, são tão estranhos e heterogêneos quanto é o selo em relação ao lacre sobre o qual imprime sua marca. Desse modo, o espírito sofre uma imposição completa do exterior para pensar, naquele instante, uma coisa ou outra, isto é, para pensar determinados assuntos aos quais ele não tinha na verdade nenhuma propensão ou disposição.
Em contrapartida, quando alguém pensa por si mesmo, segue seu mais próprio impulso, tal como está determinado no momento, seja pelo ambiente que o cerca, seja por alguma lembrança próxima. No caso das circunstâncias perceptíveis, não há uma imposição ao espírito de um determinado pensamento, como ocorre na leitura, mas elas lhe dão apenas matéria e a oportunidade para pensar o que está de acordo com sua natureza e com sua disposição presente.
Desse modo, o excesso de leitura tira do espírito toda a elasticidade, da mesma maneira que uma pressão contínua tira a elasticidade de uma mola. O meio mais seguro para não possuir nenhum pensamento próprio é pegar um livro nas mãos a cada minuto livre. Essa prática explica porque a erudição torna a maioria dos homens ainda mais pobres de espírito e simplórios do que são por natureza, privando também seus escritos de todo e qualquer êxito. Como disse Pope, eles estão:
For ever reading, never to be read.
[sempre lendo para nunca serem lidos.]
(Pope, Dunciad, III, 194)
Os eruditos são aqueles que leram coisas no livros, mas os pensadores, os gênios, os fachos de luz e promotores da espécie humana são aqueles que as leram diretamente no livro do mundo.

No fundo, apenas os pensamentos próprios são verdadeiros e têm vida, pois somente eles são entendidos de modo autêntico e completo. Pensamentos alheios, lidos, são como as sobras da refeição de outra pessoa, ou como as roupas deixadas por um hóspede na casa.
Em comparação com os pensamentos próprios que se desenvolvem em nós, os alheios, lidos, têm uma relação como a que existe entre o fóssil de uma planta pré-histórica e as plantas que florescem na primavera.

A leitura não passa de um substituto do pensamento próprio.
(...)
Assim, uma pessoa só deve ler quando a fonte dos seus pensamentos próprios seca, o que ocorre com bastante freqüência mesmo entre as melhores cabeças.(...)

domingo, agosto 19, 2007

Carole King parte VI - Final

Terminemos a semana Carole king (exatos 7 dias) com mais King´Baladas


Desconsiderem-se as mensagens. Postei este pois é o único vídeo que traz a gravação original...
A música é beautiful, original do perfeito álbum Tapestry, que parece uma coletânea, ficando inacreditáveis 15 semanas em primeiro lugar nos USA e outras tantas pelo mundo, disco citado em todas as coletâneas de discos de Rock, escolhido pela Revista Rolling Stone como o 36º melhor álbum de todos os tempos entre todos os estilo musicais à frente até do Dark Side of The Moon.
É claro que essas "eleições" não fazem nenhum sentido já que é absurdo matematizar o que é relativo a sentimentos e subjetivo. Cito, mesmo assim, para demonstrar a importância que os músicos e críticos lhe atribuem: é o Sgt. Pepper´s da Carole.


So far away, do Tapestry


You´ve Got a friend, também do Tapestry. Uma das música mais tocadas e gravadas dela. Primeiro lugar no mesmo ano com a regravação do James Taylor. Não sou fã dele, mas a música...


Tapestry, a faixa título do álbum, outra linda música...

...
A assim termina a semana Carole King, com suas referências históricas e declarações empolgadas! :D

Carole King parte V - The ballads

Finamente, as Baladas. A Carole possui uma capacidade fora do comum para fazer baladas de Rock.. Figura entre os grande mestres baladeiros Paul McCartney, Brian Wilson e Elton John. Não é verdade?


Mais um clássico: You make me feel (Like a natural Woman), que também tem inúmeras versões, destaque para Aretha Franklin, a "Rainha do Soul".


Carole, na versão original


"It´s toot late, BBC, 1971.. Sensacional.. Som limpo, não precisa embolar o instrumental porque cada instrumento individuamente "tem o que dizer"..

Corole King parte IV - Locomotion

Outra música da Carole que marcou a história do Rock foi "Locomotion", gravada por dezenas, que conseguiu a façanha de ficar duas vezes em primeiro lugar das paradas em décadas subsequentes e em versões totalmente diferentes: com Little Eva em 1962 e com o Grand Funk Railroad em 1974. Obviamente que o sucesso não é necessariamente um indicador de qualidade, às vezes é justamente o contrário. Mas não é o caso dessa figura única cujas músicas conjugam sucesso/popularidade com qualidade/perenidade à moda Beatles...

Uma música perfeita para festinhas!


Versão de estúdio com o Grand Funk


Versão ao vivo, muito engraçada


Carole já com 55 anos, com Slash na banda pensando "Aaah que maravilha estar aqui e não ter que aturar o Axl Rose". Legal o contraste entre a Gibson dele a Fender do outro cara da banda.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Carole King parte III - Still the 60´s

Mais King...


Beatles tocando Carole King no seu primeiro álbum em 1963: "Chains". Eles gravariam, na Rário BBC, "Keep your hands of my babe", já gravada por Little Eva e outros e "Don´t Ever Change", já gravada pelo The Crickets. Curiosidade: Chains é a primeira música gravada oficiamente pelos Beatles em que o George Harrison é o lead vocal.


"Go away Little Girl, com Steve Lawrence em 1962. Essa música foi gravada dezenas de vezes depois por outros cantores/bandas tipo D. Osmond, Johnny Mathis, etc.


Em 1966, The Animals gravando "Don´t Bring me Down".. Que banda! O órgão lembra Doors e a guitarra algo pesado e grave, primórdios de Black Sabbath. Fora A influência inevitável de Beatles e o parentesco com Kinks. Musicão...

terça-feira, agosto 14, 2007

Carole King Parte II - Carole Klein

The 60´s

Caroline Klein nasceu em 1942 no Brooklyn, NY, de uma família Judia. Muito antes de gravar suas próprias canções já era um dos mais importantes compositores da história do Rock, e uma padrão de referência principalmente para os músicos (como no começo não gravava, ela não se fazia tão conhecida para o grande público). Em 1958, com 16 anos, já era compositora profissional. Em 1961, com 19, tinha uma música em primeiro lugar das paradas, fato que iria se repetir muitas e muitas vezes. A primeira foi Take Good Care of my babe, executada por Bobby Vee, que eu nunca ouVee.

Durante os anos 60 a Carole compôs uma série obras-primas, hit em cima de hit, gravados por uma infinidade de bandas e artistas importantes do Rock, Pop, Blues, Jazz, Country, etc. Encontrei alguns no youtube. Pra começar:


"Crying in the Rain", com Everly Brothers, em 1961 ou 1962 (a confirmar). Aquela mesma do A-HA (santos anos 80...)



"Pleasent Valley Sunday", com The Monkees, em 1967. Como sempre imitando os Beatles de modo hilário!

Aliás a Carole fez PENCAS de músicas para os Monkees (!!!). Os caras que tocavam para os Monkees, seja lá quem for, tocavam muito e quando tinham boas canções como as dela deixavam ser meros MACACOS e faziam bonito de verdade!

domingo, agosto 12, 2007

Carole King parte I - Smackwater Jack 1971



A genial "Caroline Reis"

Vídeo de 1971, na BBC de Londres :D


Smackwater Jack
Letras e música de Carole King

Now, Smackwater Jack,
He bought a shotgun
'Cause he was in the mood
For a little confrontation.
He just a-let it all hang loose;
He didn't think about the noose.
He couldn't take no more abuse
So he shot down the congregation.

You can't talk to a man
With a shotgun in his hand.

Now, Big Jim the chief
Stood for law and order.
He called for the guard to come
And surround the border.
Now, from his bulldog mouth,
As he led the posse south,
Came the cry, "We got to ride
To clean up the streets
For our wives and our daughters!"

You can't talk to a man
When he don't wanna understand.
No, no, no, no, no.

The account of the capture
Wasn't in the papers,
But you know, they hanged ol' Smack right then
Instead of later.
You know, the people were quite pleased
'Cause the outlaw had been seized
And on the whole, it was a very good year
For the undertaker.

You know, you know, you can't talk to a man
With a shotgun in his hand.
A shotgun in his hand.
Smackwater Jack bought a shotgun.
Yeah, Smackwater Jack bought a shotgun.
Oh, Smackwater Jack, yeah.
Talkin' 'bout Smackwater Jack, yeah.
Talkin' 'bout a-Smackwater Jack, now.
Talkin' 'bout Smack.
Talkin' 'bout Jack.
Smackwater Jack, yeah.

sábado, agosto 04, 2007

Waking Life



Cena deste filme sensacional

O pior erro que podes cometer é acreditar estar vivo quando na realidade dormes na sala de espera da vida.

O truque é combinar tuas habilidades racionais concientes com as infinitas possibilidades do sonho.

Já é ruim o bastante venderes tua vida desperta por um reles salário. Agora ofereces gratuitamente teus sonhos?

Libertango



Para o mano