segunda-feira, março 30, 2009

Poluição piora qualidade de 21% dos rios do País



Segundo relatório que analisa as bacias hidrográficas, em SP cinco rios e o Alto Tietê estão em pior situação

Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA


O Brasil concentra 12% da água potável do mundo. Ainda assim, moradores de regiões metropolitanas convivem com rios que mal dão conta de suprir suas necessidades. Poluição e mau uso dos recursos hídricos transformaram a qualidade das águas de 21% dos rios do País. Em São Paulo, cinco rios e a Bacia do Alto Tietê estão entre os que têm a pior qualidade.


Os dados são do primeiro relatório de conjuntura dos recursos hídricos no Brasil, lançado ontem pela Agência Nacional de Águas (ANA), analisando a situação de todas as bacias hidrográficas brasileiras. De um modo geral, a qualidade das águas no País é boa - 9% foi considerada ótima e 70%, boa - com a ressalva de que boa parte dos rios do Centro-Oeste, Norte e sertão do Nordeste não foi avaliada.

Ainda assim, 7% das águas foram consideradas péssimas ou ruins e 14%, regulares. Esses rios concentram-se justamente nas áreas mais povoadas do País, caso da Bacia do Alto Tietê e das bacias do Gravataí e do Sinos, rios que abastecem a região metropolitana de Porto Alegre. "São situações reversíveis, mas o caso é que, apesar de haver algum tratamento do esgoto despejado nessas águas, não é uma prática universal. Seria necessário muito mais investimento", diz João Conejo, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA.

Atualmente, apenas 47% da população tem esgoto coletado. Desses, 53% são jogados nos rios sem qualquer tratamento, contribuindo para a poluição. As zonas metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória são as que estão hoje em situação mais preocupante. "No Estado de São Paulo a situação é bem razoável. Mas no caso do Tietê, por exemplo, quase não há dinheiro que consiga resolver o problema", diz Conejo.

ÁREA COMPROMETIDA

Outra medida de qualidade dos recursos hídricos no País é o índice de crescimento de algas e outras plantas aquáticas. Em águas com muita poluição, causada por esgoto não tratado, aumenta o número de nutrientes que provocam crescimento excessivo dessas plantas. Nesse caso, quase 30% das águas estão comprometidas e 7% tão comprometidas a ponto de haver mortandade de peixes.

Em açudes, reservatórios e lagoas, 45% dos pontos avaliados estão no nível mais alto de comprometimento.

O relatório revela ainda que, apesar da imensa quantidade de água potável disponível no País, a distribuição é irregular e o excesso de uso de algumas bacias é preocupante. Mais de 70% da água brasileira está na região amazônica. É aí que está a melhor situação do País, com todos os rios podendo atender sem problemas a demanda da população local.

Já as três bacias que atendem a região Nordeste e Minas Gerais são hoje as que apresentam situação mais preocupante. A chamada Atlântico Nordeste Oriental, que atende os Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte e parte de Alagoas, Pernambuco e Ceará é a pior, com 91% em situação crítica, muito crítica ou preocupante. "É um problema de gestão. Não significa que não tem água, mas é necessário mais controle, mais fiscalização para que o uso inadequado não leve a uma deterioração total ou até à seca", afirma Conejo.

A Bacia do São Francisco é outro caso que requer cuidado: 44% em situação difícil. O superintendente explica que o Rio São Francisco tem muita água, mas a recebe basicamente nas cabeceiras, em Minas. Os rios da bacia no sertão nordestino são todos afluentes com pouca água, que secam.

Daí a defesa da transposição do rio. "Para levar água até essas regiões que o rio atravessa são necessárias obras", afirma o superintendente.

Fonte : http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090327/not_imp345620,0.php

domingo, março 29, 2009

Ária na quarta corda, Johann Sebastian Bach

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Para orquestra de câmera:



e.. Uma transcrição para o violão:
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sábado, março 28, 2009

Propriedade onde se encontra plantação de droga deve ser expropriada

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Fonte: Notícias do STF
Quinta-feira, 26 de Março de 2009
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=105381
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Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) reformou, nesta quinta-feira (26), decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), e determinou que a União deve expropriar todo o imóvel, de mais de 25 hectares, de Olivinho Fortunato da Silva. Isso porque, na propriedade, a polícia encontrou uma área de cerca de 150 metros quadrados plantada de cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha.

A Justiça de primeira instância condenou Olivinho a nove anos de reclusão, e determinou a expropriação de todo seu imóvel.

O TRF-1 acolheu um recurso do fazendeiro contra essa decisão, e determinou a expropriação apenas da parcela de terra onde foi encontrada a plantação ilegal. A União recorreu, então, ao Supremo, alegando afronta ao artigo 243 da Constituição, pedindo a expropriação de toda a propriedade rural. O dispositivo constitucional diz que “glebas” onde sejam encontradas culturas de drogas devem ser expropriadas e destinadas a assentamentos de colonos, para produção de alimentos e produtos medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário.

Em seu voto, o ministro Eros Grau, relator do processo, frisou que o argumento dos advogados do fazendeiro, de que o termo “gleba”, constante do artigo 243 da Constituição, faria referência apenas à parcela do imóvel onde se encontrou a droga não é aceitável. “Gleba é área de terra, não porção ou parcela dessa área, é o imóvel, simplesmente”, disse o ministro.

O termo gleba, presente na Constituição Federal, só pode ser entendido como “propriedade”. E é essa propriedade que se sujeita à expropriação quando é encontrada plantação de drogas psicotrópicas. O preceito não fala na expropriação de áreas, mas sim da gleba em seu todo.

Todos os ministros presentes à sessão desta quinta-feira (26) acompanharam o relator.

MB/LF

quarta-feira, março 25, 2009

Frank Sinatra - Strangers in the night






"Lovers at first sight, in love forever"

Cinderela em Paris

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"Neste clássico indicado ao Oscar, Audrey Hepburn e Fred Astaire juntam seus talentos, cantando e dançando neste musical eterno. Quando a importante editora de uma revista de moda (Kay Thompson) e seu principal fotógrafo Dick Avery (Fred Astaire) escolhem uma livraria para sua própria sessão de fotos, Dick descobre o rosto encantador de balconista e filósofa amadora e Jo Stockton (Audrey Hepburn). Em Paris, Jo logo se transforma em top model global... E acba se apaixonando pelo fotógrafo que foi o primeiro a notar sua face luminosa e divertida. Filmado em locações em Paris, este romântico musical apresenta memoráveis canções de George e Ira Gershwin, incluindo 'Let's Kiss ans Make Up", "How Long Has This Been Going On?" e "Loves and She Loves".

terça-feira, março 24, 2009

No rádio.

É assim que funciona:
Parece um pouco pior do que quando dirigimos nosso carro funerário bem pelo meio daquela multidão gritando, enquanto ríamos daquela tempestade. Até que sejamos só ossos. Até que ficasse tão morno que nenhum de nós conseguisse dormir.
Então todo o isopor começou a derreter. Nós tentamos encontrar algumas palavras pra ajudar na decadência, mas nenhuma delas estava em casa.
Dentro de sua catacumba, um milhão de abelhas antigas começaram a picar nossos joelhos, enquanto estávamos ajoelhados, rezando pra que aquela doença deixasse aqueles que amamos e nunca mais voltasse.

E, no rádio, nós escutamos "November rain". O solo é realmente longo, mas é uma linda música. Nós a escutamos duas vezes, porque o DJ estava adormecido.

É assim que funciona:
Você é jovem até não ser mais. Você ama até não amar mais. Você tenta até não poder mais. Você ri até chorar. Você chora até rir. E todo mundo deve respirar até o último suspiro.

Não, é assim que funciona:
Você procura dentro de você, você pega as coisas de que gosta e tenta amar as coisas que pegou. E então você pega todo esse amor que você fez e crava em alguém, no coração de alguém, bombeando o sangue de outro alguém. E andando de braços dados você espera que ele não se machuque, mas mesmo se isso acontecer você simplesmente vai fazer tudo de novo.

E, no rádio, você escuta "November rain". Aquele solo é terrivelmente longo, mas é um bom refrão. Você escuta a música duas vezes, porque o DJ adormeceu.


http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=1388428

segunda-feira, março 23, 2009

Ministro Minc diz que termelétricas terão que compensar emissões de CO2

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Termelétricas terão que compensar emissões de CO2
Divulgação ASCOM - Assessoria de Comunicação do Ministério do meio Ambiente
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=4643
20/03/2009

O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, disse que assinará no mês de abril portaria conjunta com o Ibama para alterar os procedimentos de licenciamento de termelétricas. Com a medida, esses empreendimentos serão obrigados a compensar as emissões de CO2.

"O Ibama só vai conceder licença de instalação das térmicas de óleo e carvão se o empreendedor fizer abatimento das emissões", disse Minc durante a solenidade de lançamento do Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha Brasileira, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, a portaria vai definir as formas de compensação a serem adotadas que poderão se dar, por exemplo, a partir do plantio de árvores, de investimentos em energias alternativas como a eólica e a solar, sistemas de captura de carbono na atmosfera, entre outras. "Com a portaria os empreendedores terão que internalizar em seus custos os danos ambientais que provocam", defendeu Minc.

Para ele, hoje o país está muito atrasado em relação ao uso de energias eólica e solar. Ele defende que sejam adotadas medidas para aumentar a competitividade de energia limpa, como encarecer o custo das fontes de energia poluentes, para "torná-las mais acessíveis, mais baratas".

No dia 15 de abril o ministro pretende apresentar na reunião plenária do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) uma proposta de resolução sobre o tema. Com ela, o conselho poderá estender a estados e municípios a obrigatoriedade de compensação do gás carbônico emitido pelas térmicas.

ASCOM

domingo, março 22, 2009

BRASIL DEBATE COM VIZINHOS USO RACIONAL DE SUPER-RESERVA

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Parceria sobre Aquífero Guarani ilustra tema central do Fórum da Água. Bacia do Prata é objeto de tratados desde 1970.

Fonte: Estado de São Paulo., de 21 de março de 2009.

Representantes do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina se reúnem no próximo mês para discutir novos rumos de um projeto voltado para o Aquífero Guarani - uma das maiores reservas subterrâneas de água doce do mundo. Com uma área de 1,2 milhão de km2, o aquífero tem um volume estimado de 45 milhões de litros.

Os quatro países finalizaram no mês passado a primeira fase de um estudo integrado sobre a região, concebido em 2000. Com financiamento de US$ 13,4 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente, o Projeto para a Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani fez um novo mapeamento da região, identificando, por exemplo, nascentes e pontos de poluição. A partir de agora, o projeto poderá ser transformado em um tratado novo ou ser incorporado a outros já existentes, como o do Mercosul ou o Tratado da Bacia do Prata.
"O conceito central do estudo é a troca permanente de informações para aprofundar o conhecimento técnico sobre o Aquífero Guarani", diz Vicente Andreu Guillo, coordenador do projeto no Brasil e secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente. "Mesmo assim, é comum dizer que o aquífero é mais famoso do que conhecido. O acervo é crescente, mas ainda insuficiente." Segundo Guillo, Brasil e Argentina já se comprometeram a desembolsar US$ 90 mil, cada um, para o projeto. Uma sede permanente foi montada em Montevidéu, no Uruguai.
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A gestão de recursos hídricos em regiões de fronteira também é o tema central do 5º Fórum Mundial da Água, que termina hoje, data em que também é celebrado o Dia Mundial da Água. O encontro, realizado a cada três anos, foi o mais expressivo desde o primeiro, no Marrocos, em 1997. Realizado em Istambul, na Turquia, o evento deste ano reuniu cerca de 27 mil participantes de 182 países, segundo a organização. Apenas a delegação brasileira tem cerca de 150 especialistas e políticos, a maior comitiva da América Latina.
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O interesse brasileiro é explicado pelos números. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o País tem 12% de toda a água doce do mundo e 56,9% da água superficial disponível na América do Sul. Boa parte é compartilhada com vizinhos. Um dos exemplos brasileiros de gestão de recursos hídricos é exatamente o Aquífero Guarani. O Brasil ainda tem em seu território a maior parte da Bacia Amazônica, compartilhada com mais seis vizinhos latinos e gerida pelo Tratado de Cooperação Amazônica. Outra importante bacia hidrográfica, a do Rio da Prata, tem acordos firmados desde a década de 1970.
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Segundo levantamento feito pela organização do Fórum Mundial da Água, há no mundo 274 aquíferos que se espalham pelos subterrâneos de nações limítrofes. Da mesma forma, foram identificadas 263 bacias hidrográficas em regiões de fronteira. Isso significa que pelo menos 75% de todos os países dividem rios com algum vizinho. Números que ajudam a identificar o tamanho do problema no caso de guerras por causa da água. Historicamente, porém, são poucos os conflitos gerados pela falta d’água. Nos últimos 60 anos, foram reportados mais de 300 acordos, contra 37 casos de violência. Mas outros números indicam que essas estatísticas poderão piorar no próximo centenário. Até 2075 estima-se que entre 3 bilhões e 7 bilhões de pessoas habitarão regiões com falta crônica de água. Essa população deve estar espalhada por até 60 países. Atualmente, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável. Os dados são da ONU, do Instituto Internacional de Água de Estocolmo e da Water Partners International.
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Dia Mundial da Água


Em 22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o "Dia Mundial da Água", publicando um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água". Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.
Declaração Universal dos Direitos da Água

1.-A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.

2.-A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3.-Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4.-O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5.-A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6.-A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7.-A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8.-A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9.-A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10.-O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

sábado, março 21, 2009

Paulinho Moska - O que você faria?

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A quoi ça sert L´amour? Para que serve o amor?

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Tantos posts sobre o amor. Paulinho Moska, Edith Piaf.. e neste clima romântico de ser, acabei me recordando sobre um vídeo bem divertido sobre o assunto. Uma pequena ilustração sobre encontros e desencontros que permeiam os relacionamentos amorosos! A canção por acaso é interpretada por Edith Piaf! :) A animação francesa muito bem feita. Um desenho simples, porém criativo e cheio de significados!

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"A quoi ça sert, l'amour ?
On raconte toujours
Des histoires insensées
A quoi ça sert d'aimer ?
...
L'amour ne s'explique pas !
C'est une chose comme ça !
Qui vient on ne sait d'où
Et vous prend tout à coup
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Moi, j'ai entendu dire
Que l'amour fait souffrir,
Que l'amour fait pleurer,
A quoi ça sert d'aimer ?
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L'amour, ça sert à quoi ?
A nous donner d'la joie
Avec des larmes aux yeuxÂ…
C'est triste et merveilleux !
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Pourtant on dit souvent
Que l'amour est décevant
Qu'il y a un sur deux
Qui n'est jamais heureuxÂ…
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Même quand on l'a perdu
L'amour qu'on a connu
Vous laisse un gout du miel -
L'amour c'est éternel !
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Tout ça c'est très joli,
Mais quand tout est fini
Il ne vous reste rien
Qu'un immense chagrinÂ…
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Tout ce qui maintenant
Te semble déchirant
Demain, sera pour toi
Un souvenir de joie !
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En somme, si j'ai compris,
Sans amour dans la vie,
Sans ses joies, ses chagrins,
On a vécu pour rien ?
...
Mais oui! Regarde-moi !
A chaque fois j'y crois !
Et j'y croirait toujoursÂ…
Ça sert à ça l'amour !
...
Mais toi, tu es le dernier !
Mais toi' tu es le premier !
Avant toi y avait rien
Avec toi je suis bien !
...
C'est toi que je voulais !
C'est toi qu'il me fallait !
Toi que j'aimerais toujoursÂ…
Ça sert à ça l'amour !"

quinta-feira, março 19, 2009

Paulinho Moska - Do Amor




Não falo do amor romântico, aquelas
paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e
submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta?
O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma
nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu
abismo, me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita.
Ou melhor, só se Vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

segunda-feira, março 16, 2009

Um hino ao amor

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O Filme "UM HINO AO AMOR", uma biografia de Edith Piaf, foi para mim uma grata surpresa, destacando-se da média das obras do gênero não apenas em termos técnicos, na qualidade das interpretações e do roteiro, como na crueza das emoções, tão bem trabalhadas em cenas arrebatadoras e verossímeis. Tristeza, abandono, a crueldade da opinião pública; nas entrelinhas, o amor e a ternura, o desejo e o caráter. Enfim, uma obra desprovida de julgamentos morais ou daquele sentido comum de comiseração, autêntica como a vida real. Tempo muito bem empregado..

Novamente O Processo

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"Era necessário procurar compreender que esse grande organismo de justiça era de certo modo eterno em suas flutuações [...]; se alguém pretendia mudar nele alguma coisa era como tirar-se ele próprio o solo de sob seus pés e que ele mesmo é que se precipitava na queda enquanto o grande organismo, vendo-se apenas muito ligeiramente afetado por isso, conseguiria facilmente uma peça de reposição (sempre dentro de seu mesmo sistema) e permaneceria imutável se não acontecia que – e isto era até o mais verossímil – se tornava ainda mais fechado, ainda mais atento a tudo quanto acontecia, ainda mais severo, ainda pior”.

F.Kafka, The Trial

sábado, março 14, 2009

domingo, março 08, 2009

Pluie

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http://app.radio.musica.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umamusica&nomeplaylist=004412-0_11%3C@%3ELa_Bicyclette%3C@%3EPluie%3C@%3EYves_

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Pluie- Linda Música para um domingo de tarde chuvosa como hoje.





A música fala de um encontro fortuito em um dia de chuva. É tarde de primavera. Está chovendo e duas pessoas se encontram ao acaso, cada uma sentada de um lado, no mesmo banco. Elas se olham, sentem uma cumplicidade envolvendo-as dentro da magia daquele instante e partem sem se falar.





Na primavera, sempre que chove, ele volta ao mesmo local na espera de reencontrá-la.




É a chuva em um momento fugaz de magia. Muito bonito!

Autobiográfica em terceira pessoa. (Um artista do sono)

É tarde da noite e ele dorme. Quando dorme, sonha. Por duas ou três vezes, um de seus sonhos se repetiu: sonhou ser um agente secreto. Não lembrava de detalhes, mas quando acordava, sabia que já havia sonhado aquilo antes.
Dentre as milhares de explicações possíveis para a repetição de seus sonhos, tendia fortemente a acreditar que eles eram uma recapitulação de pensamentos conscientes e inconscientes que prespassaram seu cérebro durante o dia, eram uma conferida e organizada nos caminhos de memória que seus neurônios criaram do momento em que acordou até o momento em que adormeceu (não adormecia em um momento, não caía no sono de sopetão: era um lento processo, do qual nunca se lembrava. Por que as pessoas não lembram dos minutos que antecedem o sono? o que acontece com nosso cérebro nesse meio tempo?). Não descartava de todo a hipótese da reencarnação e a das realidades paralelas.
Viu o Batman diversas vezes em diversas situações ao longo do dia, o que, em perspectiva, pode reforçar a relevância desse ícone cultural. Logo antes de dormir, foi à sala assistir cinco minutos de televisão, momentos precariamente ilustrados com um trecho do terceiro filme do homem-morcego. A título de curiosidade, o filme é muito ruim, apesar de seu elenco - Nicole Kidman!
Em meio às ondas de sono, pensa com seus botões que talvez vá sonhar com o Batman, hoje. Certamente seria um bom sonho. O Batman é um herói. Isso lembra de que ouviu Kinks, mais cedo: "celluloid heroes", o disco e a música. Será uma coincidência, e, em caso de negativa, por que isso aconteceu? Será que inconscientemente seu cérebro arquitetou essas relações? Afinal de contas, Já sabia que o filme do batman passaria na televisão, só não lembrava o horário e o canal. Na verdade não lembrava nem do fato, mas vendo o filme a memória veio à tona. Pareceu-lhe claro e lógico: claro, viu o Batman na internet, e quando teve de escolher um CD escolheu justamente o que menciona heróis de celulóide na capa e nas letras. Quando não conseguia dormir, pelo calor e por alguma agonia inexplicada que sente, às vezes, desde criança, teve vontade de assistir TV, sabendo inconscientemente que veria o Batman após algumas zapeadas.
Talvez isso aumente suas chances de um bom sonho. Talvez seja uma coincidência ao acaso. Talvez seja tudo armação do inconsciente. Talvez seja destino. Talvez sejam as três coisas - se é que destino e acaso possam coexistir.
Quando esteve em frente à televisão, teve uma vontade gigante de expressar-se artisticamente, de criar. Talvez seja coincidência. Talvez um anjo ou um espírito tenham soprado a idéia em seu ouvido. talvez seu cérebro tenha usado esse artifício como uma maneira de botá-lo em frente ao computador, fazê-lo escrever, refletir sobre esses assuntos e mostrar à sua consciência o poder que o inconsciente tem. Talvez o anjo queira demonstrar sua existência. Talvez o espírito. Talvez nada disso, ou talvez simplesmente nada. Agora, não importa. Ele está adormecido, e talvez sonhe que é um agente secreto pela quarta vez - ou milésima, das quais 996 ele não se recorda.