quarta-feira, novembro 28, 2007

A guerra das colas. Estrelando: PEPSI

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As "colas" são de longe a bebida mais consumida no mundo. Quase um bilhão de pessoas toma Coca-Cola POR DIA, e cerca de meio bilhão tomam PEPSI. Infelizmente, a meu ver. Não porque sua fórmula é basicamente água com acúcar e cafeína, mas porque representam o símbolo maior da uniformização cultural.

Na busca ensandecida de alcançar a Coca e vendas, a Pepsi produziu, a partir dos anos 80, uma série de comerciais agressivos e muito, muito criativos. Obras primas da publicidade.


O poderoso Chefão. Ótima!


O menino PISA na Coca. Essa pega muito pesado e a mensagem subliminar não é tão subliminar assim. A mensagem agressiva é atenuada pela música bonita e a imagem terna do menino do interior.


A famosa cena do bar de beira de estrada. Atores nota 10!


O comercial mais caro de todos os tempos. Com Michael Jackson no auge da fama, a Pepsi cria a imagem de refrigerante do povo e especialmente dos jovens e dos maduros de espírito jovem, enquanto a Coca aparecia, por contrario sensu, como a bebida de uma elitezinha arrogante.. Dito dessa forma direta parece forçado, mas a grande sacada é que como mensagem subliminar ela torna extremamente convincente. Reforçando a idéia, em em todos os comerciais aparecem jovens, crianças e pessoas do interior ou do subúrbio. Essa estrategia aproveita a imagem negativa criada nas décadas anteriores, de que a Pepsi seria refrigerante de segunda classe.

Sensacional como circulam bilhões de dólares e se cria uma disputa de proporções gigantescas em torno de duas bebidas praticamente iguais!

domingo, novembro 11, 2007

I feel free





:P legal, não?

terça-feira, novembro 06, 2007

Reflexões

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Recebi hoje esse texto, é um daqueles que circulam por e-mail. Não conheço a autora, mas me pareceu bastante lúcido ao mesmo tempo em que não faz o gênero moralista/piegas. E soa muito verdadeiro. Acho muito saudável encarar aquelas verdades que sempre são varridas para baixo do tapete. E para não abusar do termo "alienação", bastante desgastado, a autora francesa Viviane Forrester fala em "violëncia da calma". Sugestivo não?

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Reflexões
Por Sandra Silva, socióloga.

O mundo cada vez mais aumenta o número de criaturas mesquinhas, prepotentes, individualistas, ambiciosas e arrogantes. Esse perfil nefasto é como uma trilha de pólvora que se incendeia com rapidez incalculável para, de repente, explodir numa grande labareda que consome a tudo que se encontra em seu perímetro de alcance.

Essa gente vive encastelada em seu pequeno espaço achando que o seu poder ou status financeiro são suficientes para garantir a eternidade da posição.

Há outros que colocam a máscara de bom samaritano, sempre risonhos e sociáveis, mas que somem ao mais singelo tropeço dos que dantes eram amigos. Manchar a sua reputação, jamais!

Quando a fatalidade atinge as pessoas, há as que preferem destroçar a si e a quem a sua volta está. Umas poucas fazem das amarguras lições para novos e sadios valores e condutas. Em tempos onde o ter se sobrepôs a tudo, enriquece a ignorância e empobrecem os espíritos.

São os tempos pós-contemporâneos onde se está sempre a correr por uma estrada que não conduz a coisa alguma.

O mundo ficou mais bonito e fácil pela modernidade da tecnologia e do conhecimento material. Mas perdeu o encanto dos bem-quereres, existentes hoje apenas nos versos de alguns poetas.

Poderíamos ter em todas as áreas ações corretas e sábias, minimizando a crueldade que se abate sobre tantos, seja neste ou em qualquer país do planeta. Infelizmente sabemos fazer bons discursos, mas nossa prática é absurdamente contrária. Nosso olhar que deveria ser amoroso tem um fel escondido pronto a ser inoculado para destruir o que vimos como barreira para atingir propósitos que nem sempre têm viés de decência.

A política brasileira transformou-se numa mesquinhez assustadora. Nossos representantes agem levianamente quer seja quando barganham melhores condições para si ou para seus parentes e amigos próximos, quer quando pouco discutem matérias que seriam de relevância pública. Há situações tão absurdas que chegam ao auge de serem votadas e passarem a viger sem que tenha havido discussões e análises mais profundas.

Nos últimos anos tantas foram as ações vergonhosas e imorais provocadas por inúmeros homens públicos que a sociedade está se esquivando da política. Velho chavão, mas sempre atual, é o de que quando os bons se afastam os maus e mal intencionados tomam conta.

O Estado brasileiro não tem contemplado a população na mesma proporção com que dela retira as contribuições e os tributos. Com uma taxação de 42% de tributação vive-se sob um torniquete pessoal de dívidas que se avolumam. A máquina pública ao invés de diminuir cresce desenfreadamente sem retribuir em proporção semelhante à sociedade, mas poucos estão percebendo a gravidade dos fatos e as agruras que podem advir ante a indiferença que se resolveu adotar.

domingo, novembro 04, 2007

Carlos Drummond de Andrade


Poema da purificação


Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.


As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.


Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.