segunda-feira, setembro 17, 2007

II - O Desejo

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O eterno não desvaloriza
é lauto, imóvel, transparente
embora pareça distante
se faz sempre constante
intenso, valioso (e) presente

Névoas de incertezas, medos e tristezas
privam do brilho do que é eterno
como a poeira em uma taça de prata
como densa neblina no pôr-do-sol de inverno

Se é eterno, porém, prevalece
é a poeira que sobe e desaparece
é o vento que leva a neblina
é o brilho que permanece

Meu mundo sempre de noite será feito
mas quanto mais longe se vê
mais claro ele se torna
e cada vez mais perfeito