.
Formada em 1964 na cidade de NewCastle, os "Animals" foram, juntamente com Beatles, Stones, Kinks e outros tantos, protagonistas da chamada "invasão britânica", quando o Rock Inglês difundiu-se por todo o mundo, marcando fortemente o rumo da música popular do século XX, abrindo caminho para Pink Floyd, Queen, Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, ELP, Genesis, Yes, etc...
"The animals" tinham, além de Eric Burdon (vocais), Alan Price (órgão), Hilton Valentine (guitarra), John Steel (bateria) e Bryan Chandler (baixo). O som era fortemente marcado pelo Rythm and Blues.
Essa banda acabou em 1967. Foram quatro, porém marcantes anos. Sempre inquieto, Eric Burdon formou no mesmo ano "Eric Burdon & the Animals", que duraria mais três anos (até 1970). Consideram-se bandas diferentes, porém, ou ao menos gerações diferentes da mesma banda. Trata-se, a partir de então, do chamado "Rock Psicodélico", irmão gêmeo do Sgt Peppers dos Beatles, do "Their Satanic Magesties..." dos Stones e do "The piper at the gates of Dawn" do Pink Floyd, que estava estreando.
Dentre as músicas dessa época está a clássica "When I was young" (1967) que transmite em poucas palavras, mas com pungente veracidade, uma reflexão acerca da fraqueza de vontade, da perda da fé nas coisas e do conformismo. E dá o que pensar. O que mais vale? Viver intensamente, sofrer mais, amar mais, rir mais alto, acreditar no ser humano e no novo, no desejo de transformação que caracteriza a juventude? Ou perder a fé abdicando de tudo o que é intenso, de querer mudar o mundo? Porque conformar-se com as coisas como são pode evitar maiores sofrimentos. Em tempos de culto à juventude, talvez sejamos mais velhos do que pensamos.
...
When I Was Young
The rooms were so much colder then
My father was a soldier then
And times were very hard
When I was young
I smoked my first cigarette at ten
And for girls, I had a bad yen
And I had quite a ball
When I was young
When I was young, it was more important
Pain more painful
Laughter much louder
When I was young
I met my first love at thirteen
She was brown and I was pretty green
And I learned quite a lot when I was young
When I was young
When I was young,
IT WAS MORE IMPORTANT
Pain more painful
Laughter much louder
When I was young
My faith was so much stronger then
I believed in fellow men
And I was so much older then
When I was young
quinta-feira, setembro 27, 2007
quarta-feira, setembro 19, 2007
V - A eterna criança
IV - O eterno retorno nietzscheano
...
Gira a roda da carruagem da vida
Na sua tranquila eternidade
Lançando a lama e as pedras
Vivas à fertilidade
E morre o que não pode viver
E vive o que é belo
E fica o que é vivo
O que será vida
Sempre mais bela
Sempre mais viva
Infeliz do que se angustia,
ou de quem, no final das contas,
não ama a vida?
Ainda tão bela
Ainda tão viva?
Amo a inquietação,
para que sejam os respingos da lama da carroça da vida
antes do nascer do sol
Assim amo a lama
Assim amo a chuva
(Assim falou Zaratustra)
Gira a roda da carruagem da vida
Na sua tranquila eternidade
Lançando a lama e as pedras
Vivas à fertilidade
E morre o que não pode viver
E vive o que é belo
E fica o que é vivo
O que será vida
Sempre mais bela
Sempre mais viva
Infeliz do que se angustia,
ou de quem, no final das contas,
não ama a vida?
Ainda tão bela
Ainda tão viva?
Amo a inquietação,
para que sejam os respingos da lama da carroça da vida
antes do nascer do sol
Assim amo a lama
Assim amo a chuva
(Assim falou Zaratustra)
III - Suntuoso eterno
...
O eterno é rico e suntuoso
às vezes um tanto espalhafatoso
às vezes oculto no indizível,
no vão dos gestos e dos dias
É magnífico porque desaparece e reaparece
É aquilo que sempre volta,
sempre sob nova forma,
e, para mim, não se deforma
Na roda, toda permanência se torna instante
e toda noite se torna clara
Assim se consagra a beleza
embeleza-se tudo o que não é
Eterno
terça-feira, setembro 18, 2007
Navegar é preciso...
...
Atribui-se a frase "Navigare necesse; vivere non est necesse" ao general romano Pompeu.
Traduzida por Fernando Pessoa no poema homônimo, ela se torna uma pérola da língua portuguesa: "Navegar é preciso, viver não é preciso".
Em 1968, Caetano Veloso construiu sobre a mesma frase o poema veramente belo transformado no fado que, pelo visto, não consta do famigerado Youtube:
Os Argonautas
O barco
Meu coração não aguenta
Tanta tormenta, alegria
Meu coração não contenta
O dia, o marco
Meu coração
O porto
Não
Navegar é preciso
Viver não é preciso
O barco
Noite no céu tão bonito
Sorriso solto perdido
Horizonte, madrugada
O riso
O arco da madrugada
O porto
Nada!
Navegar é preciso
Viver não é preciso
O barco
O automóvel brilhante
O trilho solto, o barulho
Do meu dente em tua veia
O sangue
O charco, barulho lento
O porto
Silêncio!
Navegar é preciso
Viver não é preciso
....
Os instrumentos de navegação representam, para os antigos, o que há de mais exato e, simultaneamente, o que há de mais necessário. Mas nada pode ser mais impreciso que o desejo que, tal como onda, faz deslizar rumo aos mares mais distantes. Dentro do peito bate o coração transbordante, centro pulsante indispensável à vida, que nada em busca de um porto enquanto, paradoxalmente, inquieto foge à toda métrica.
Atribui-se a frase "Navigare necesse; vivere non est necesse" ao general romano Pompeu.
Traduzida por Fernando Pessoa no poema homônimo, ela se torna uma pérola da língua portuguesa: "Navegar é preciso, viver não é preciso".
Em 1968, Caetano Veloso construiu sobre a mesma frase o poema veramente belo transformado no fado que, pelo visto, não consta do famigerado Youtube:
Os Argonautas
O barco
Meu coração não aguenta
Tanta tormenta, alegria
Meu coração não contenta
O dia, o marco
Meu coração
O porto
Não
Navegar é preciso
Viver não é preciso
O barco
Noite no céu tão bonito
Sorriso solto perdido
Horizonte, madrugada
O riso
O arco da madrugada
O porto
Nada!
Navegar é preciso
Viver não é preciso
O barco
O automóvel brilhante
O trilho solto, o barulho
Do meu dente em tua veia
O sangue
O charco, barulho lento
O porto
Silêncio!
Navegar é preciso
Viver não é preciso
....
Os instrumentos de navegação representam, para os antigos, o que há de mais exato e, simultaneamente, o que há de mais necessário. Mas nada pode ser mais impreciso que o desejo que, tal como onda, faz deslizar rumo aos mares mais distantes. Dentro do peito bate o coração transbordante, centro pulsante indispensável à vida, que nada em busca de um porto enquanto, paradoxalmente, inquieto foge à toda métrica.
segunda-feira, setembro 17, 2007
II - O Desejo
...
...
O eterno não desvaloriza
é lauto, imóvel, transparente
embora pareça distante
se faz sempre constante
intenso, valioso (e) presente
Névoas de incertezas, medos e tristezas
privam do brilho do que é eterno
como a poeira em uma taça de prata
como densa neblina no pôr-do-sol de inverno
Se é eterno, porém, prevalece
é a poeira que sobe e desaparece
é o vento que leva a neblina
é o brilho que permanece
Meu mundo sempre de noite será feito
mas quanto mais longe se vê
mais claro ele se torna
e cada vez mais perfeito
...
O eterno não desvaloriza
é lauto, imóvel, transparente
embora pareça distante
se faz sempre constante
intenso, valioso (e) presente
Névoas de incertezas, medos e tristezas
privam do brilho do que é eterno
como a poeira em uma taça de prata
como densa neblina no pôr-do-sol de inverno
Se é eterno, porém, prevalece
é a poeira que sobe e desaparece
é o vento que leva a neblina
é o brilho que permanece
Meu mundo sempre de noite será feito
mas quanto mais longe se vê
mais claro ele se torna
e cada vez mais perfeito
domingo, setembro 16, 2007
I - Em um piscar
sábado, setembro 08, 2007
Sempre Deus
“Deus é um ser mágico que veio do nada, criou o universo e tortura eternamente aqueles que não acreditam nele, porque os ama.” (Steve Knight)
Não sei quem é Steve Night e em que situação a frase foi proferida, mas é uma excelente definição, ótima para utilizar em determinadas ocasiões, se é que me compreendem... (!!!) Ela é auto-explicativa
Não sei quem é Steve Night e em que situação a frase foi proferida, mas é uma excelente definição, ótima para utilizar em determinadas ocasiões, se é que me compreendem... (!!!) Ela é auto-explicativa
Do be do be do..
terça-feira, setembro 04, 2007
Ingrid Bergman :O
-
Estava revendo Casablanca... Pasmo, porque Ingrid Bergman é indescritível. Beleza inebriante e talento pra colocar no chinelo nossas gostosas hollywoodianas do momento (cumprem bem seu papel, elas). Essas cenas clássicas quase fazem esquecer a diferença técnica absurda entre o cinema de hoje e o cinema dos 30´s, 40´s e 50´s, além dos demais contrastes de época.
1942! Há 65 anos! Até assusta pensar...
As time goes by
We´ll always have Paris
Aquelas homenagens de Oscar, imagino eu (ela ganhou 3 e foi indicada pra 12, mas isso não quer dizer)
http://www.imdb.com/name/nm0000006/
http://www.video21.com.br/padrao.php?page=atores_&listar=751&od=1
E viva a Suécia!
Estava revendo Casablanca... Pasmo, porque Ingrid Bergman é indescritível. Beleza inebriante e talento pra colocar no chinelo nossas gostosas hollywoodianas do momento (cumprem bem seu papel, elas). Essas cenas clássicas quase fazem esquecer a diferença técnica absurda entre o cinema de hoje e o cinema dos 30´s, 40´s e 50´s, além dos demais contrastes de época.
1942! Há 65 anos! Até assusta pensar...
As time goes by
We´ll always have Paris
Aquelas homenagens de Oscar, imagino eu (ela ganhou 3 e foi indicada pra 12, mas isso não quer dizer)
http://www.imdb.com/name/nm0000006/
http://www.video21.com.br/padrao.php?page=atores_&listar=751&od=1
E viva a Suécia!
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